COLUNA: FALTOU MATURIDADE POLÍTICA AO PRESIDENTE DA CÂMARA PARA SE POSTAR DIANTE DOS PROTESTOS EXALTADOS

Foto: RafaelDiniz

Eu sempre vejo no órgão representante dos segmentos da sociedade, a Câmara de Vereadores, como a casa do povo, mesmo que alguns promovam a desordem para protestar diante dos comportamentos contrários aos seus, contra os legisladores que usam à tribuna. Nesse momento a frase “muita calma nessa hora”, mesmo com o sangue fervendo e a adrenalina subindo ao topo, deve prevalecer diante dos insultos, da gritaria, da desordem, porque o vereador está ali para também aprender a absolver ás críticas e compreender que a livre manifestação não pode ser vedada. Porém não se pode com uma demonstração de imaturidade em um cargo público, principalmente de presidente da Câmara, perder o controle e a postura e, usar termo de baixo calão para se direcionar àqueles que se manifestam, mesmo que aos berros, contra os seus argumentos tentando de uma forma errônea arbitrar ou calar a voz daqueles que não lhe aplaudem ou lhe agradam.  O presidente da Câmara de Vereadores – Luciano Capitão (PMDB), na sessão de quinta-feira (31), e não quero de maneira alguma desqualificar a competência do nobre vereador, precisou manter aquela calma que sempre transparece nos seus atos serenos e rotineiros, porque ele sabe tão bem, que aquelas pessoas que estavam se manifestando em prol da aprovação do projeto de lei do concurso público, era praticamente um lado que sempre divide as opiniões e coloca a situação e oposição para defenderem muitas vezes os seus interesses, que tem sido tanto um cenário no país quanto nos municípios aqui do nosso sertão pernambucano especificamente. Quero salientar e principalmente aqui dizer que ao indagar de forma sarcástica (rsrs) o líder da bancada de situação – o vereador Francisco Edvaldo, se aquelas pessoas era a “torcida organizada” para tentar pressionar a Câmara de Vereadores a aprovar um projeto que os procuradores do Município mostraram com dados e números, principalmente pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, que é inviável? – Ele respondeu que quando era para protestar contra os vereadores da bancada de situação tudo podia. Disse-lhe que era um manifestação justa e democrática apesar de ultrapassar os limites e que mesmo assim faltou serenidade do presidente da câmara para lidar com a situação. Mas quero só lembrar ao nobre representante da situação, o líder Francisco Edvaldo, que os professores, mesmo tachados de mal educados, fizeram um protesto pacífico e organizado e que não metia medo a nenhum cidadão que ali também estava presente e que se assustou com o movimento contrário as reações dos parlamentares contrários a aprovação do projeto. Mas continuo afirmando que isso faz parte da República Democrática em que vivemos e que atitudes de repreensão, como a do senhor presidente, devem ser condenadas.  Só lembrando aos senhores, porque abomino essas atitudes e o senhor Luciano Capitão sabe muito bem, que o atual gestor e sua dama, transformou Araripina numa senzala particular, repito, SENZALA PARTICULAR, e assombrou aqueles que lhes faziam oposição e, que tudo isso demonstra, como Capitão pertence ao grupo do atual vice-prefeito e pré-candidato, que não se pode mais esperar um governo que transforme a Araripina de todos nós (dos que foram protestar contra o concurso público, dos que foram protestar a favor), em um mundinho particular para uma meia dúzia.  O senhor vereador provou o contrário e precisa pedir desculpas. Aliás, vai aí um conselho: “porque o senhor não ficou em silêncio contemplando algo que deve ser tão banal, quando os manifestantes gritavam? Seria talvez uma tapa luva na cara de quem gosta de agitar e adora plateia e atenção. Aproveite o nosso espaço Presidente da Câmara, ele está aberto para o senhor se pronunciar. Grande abraço em todos.